27.5.12

Obscura Luz


O jardim da noite cidades em chamas,
enxames de abelhas de luzes elétricas.
Mas damas e rainhas ainda perfumam o ar.

As sombras estão cheias 
de cores, pulsos e sangue.
O silêncio que ouço no barulho,
e o seu contrário multidão.

Para morrer é preciso ser esquecido,
mas como retornar, se até o sol morre?
E torno a nascer toda manhã.

Bola de meia, redes de luz 
pontos e rotas em curvas infinitas.
Flamejantes pássaros, formidáveis ondas,
infindáveis formigas, que infestam a terra

de vida.

e monstros do mar.

jogo de filacantos, 28.5.2012