3.12.14

E assim caminha a gestão de resíduos sólidos no centro da cidade de São Paulo

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. Hoje colei na praça Roosevelt pá levá o lixo reciclável e, pela segunda vez, não encontro os antes usuais galões, aqueles verdes. Ao constatar a ausência consecutiva, não resisto (sérias ressalvas à corporação) e vou perguntar pra dois guardinha civil, ali próximos:

Luti: bas’tarde, por favor, sabe q aconteceu com os galão de lixo reciclável?

GCM 1: co quê!?

Luti: os coletorzão verde de lixo.

GCM 2: ah, foram retirados, vandalismo.

GCM 1: a galera ficava virando pra fazer bagunça, manobra de skate...

Luti: poutz, que fita (é frustrante separar e acumular o reciclável e não ter onde por)...

GCM 2: ah, mas eu joguei uma garrafa de água aqui agora.

Olho para o cesto de lixo na calçada, que o GCM 2 aponta.

Luti: ah mas esse saco preto ai não é reciclável, vai pro aterro ou pro lixão.

GCM 2 replica que jogou a garrafa d’água ali, GCM 1 avisa rapidamente que não quero pegar mais lixo, quero me livrar das duas sacolas que carrego, uma em cada braço. Me despeço.

Depois percebo que GCM 2 achou que eu era mendigo/ catador (cabelo+chinelo+camiseta de futebol+sacolas). Irônico, irônico...

Pela segunda vez consecutiva, jogo o lixo reciclável nas cestas de lixo “comum” da praça...